quarta-feira, 31 de maio de 2017
LIGA DOS
AMIGOS DOS DOENTES DOS AÇORES
Relatório
de Atividades e Contas de Gerência referente ao exercício de 2016
O presente
documento consiste no Relatório de Atividades e Contas de Gerência de 2016, da
LADA – Liga dos Amigos dos Doentes dos Açores, o qual será posto à apreciação e
votação de todos os presentes, em conformidade com as normas estatutárias.
O Relatório de
Atividades tem por base sintetizar, de forma clara e objetiva, todas as
atividades que foram dinamizadas pela Instituição, ao longo de um ano.
Assim sendo,
passamos a apresentar as principais atividades desenvolvidas durante o
exercício de 2016:
Atendimento/Apoio
Social:
Neste âmbito é
efetuada uma avaliação individual a cada utente e à sua situação,
procedendo-se, posteriormente, ao melhor encaminhamento para solucionar o seu
problema.
Atendendo
a problemáticas como o desemprego ou a insuficiência financeira, registou-se um
aumento significativo do número de utentes apoiados, em relação ao ano
precedente.
Durante
2016, apoiaram-se 706 situações, a nível de medicação, subsídios de deslocação,
acompanhamentos para fora de ilha, consultas, exames, tratamentos, alimentação,
vestuário, etc. Foram despendidos nesta rúbrica € 27 854,15.
Alojamentos:
A
A Casa
Solidária – Fernanda Trindade tem-se constituído, ao longo dos anos, num
alojamento de referência, para os doentes deslocados das outras ilhas, que se
deslocam às unidades de saúde da ilha Terceira, proporcionando-lhes um ambiente
de conforto, bem-estar e segurança.
Para a
concretização dos itens acima mencionados, tivemos a oportunidade de contar com
a colaboração da D. Maria Laudelina Soares, a quem prestamos aqui o nosso
reconhecimento, por todo o apoio prestado aos utentes da Casa e à
Instituição.
Durante o ano
de 2016, a Casa Solidária – Fernanda Trindade acolheu cerca de 493 utentes,
perfazendo um total de 1 921 noites.
A Casa da
Ribeirinha continuou a albergar uma família monoparental de parcos recursos
económicos.
Deu-se início
ao projeto de arquitetura para a reabilitação das casas da freguesia da
Ribeirinha, com o objetivo de criar espaços de acolhimento dignos e
independentes, para doentes com estadias mais prolongadas: hemodialise, diálise
peritoneal e grávidas de risco.
Esta é uma
iniciativa que se pretende concretizar através de uma candidatura a uma
Instituição Bancária e, se necessário, a Fundos Europeus.
Voluntariado:
Os
Voluntários, embora não sendo profissionais, são de extrema importância numa
Instituição com o cariz da Liga. Trazem dinamismo à Associação, disponibilizam
o seu tempo e os seus afetos a quem mais necessita, sem esperar nada em troca.
Os nossos
Voluntários despenderam, junto dos utentes do Hospital de Santo Espírito da
Ilha Terceira um total de 4 150 horas não contabilizadas, em visitas diárias às
enfermarias, na distribuição de jornais e revistas, no apoio nas refeições, em encaminhamentos
e em cuidados estéticos.
Mantivemos a
nossa presença nos Hospitais de Dia, no Serviço de Sangue e no Serviço de
Oftalmologia - Consulta Externa, com a distribuição de pequenos lanches pelos
utentes presentes naqueles Serviços.
Também foi mantida
a presença das voluntárias no Serviço de Urgência, continuando a estabelecer a
ponte entre o doente internado naquele Serviço e os familiares que aguardam na
sala de espera.
Junto dos
doentes internados, nas épocas festivas (Natal, Páscoa e Dia Mundial do
Doente), os voluntários continuaram a marcar uma presença especial, com a
oferta de um pequeno mimo, alusivo à quadra.
Relativamente,
aos acompanhamentos efetuados pelos nossos voluntários, para fora da ilha, a
doentes cujos familiares estiveram impedidos de o fazer, realizaram-se 18
acompanhamentos, num total de 157 dias ao serviço do próximo.
Sempre que
solicitados, os nossos delegados, em Lisboa e Ponta Delgada, continuaram a
apoiar os doentes açorianos, através de idas ao aeroporto, visitas aos
hospitais, encaminhamentos para pensões, entre outros.
Com o intuito
de desenvolver as competências pessoais e sociais dos nossos voluntários, para
um melhor desempenho junto dos doentes internados, realizaram-se diversas ações
de formação e reuniões ao longo do ano.
Comemorou-se,
com os voluntários e delegados, o Dia Internacional do Voluntariado com a
participação numa Eucaristia, onde se procedeu à bênção das batas e à entrega
dos crachás aos novos voluntários, seguindo-se um jantar convívio.
Consultório:
Através do
nosso consultório, continuámos a proporcionar a possibilidade aos utentes
interessados de ouvirem uma segunda opinião ou de consultarem especialista
vindo do Continente.
Mantiveram-se,
disponíveis, as habituais especialidades médicas: ortopedia, com o Dr.
Francisco Serdoura e Dr. Thiago Aguiar, urologia, com o Dr. Rui Pinto,
ginecologia, com a Dr.ª Joana Rego e cirurgia vascular, com o Dr. Carlos
Sarmento. Iniciou, também atividade, o psicólogo, Dr. Nuno Machado.
Foram
realizadas cerca de 120 consultas.
Liga
e Comunidade:
Comemorou-se o
20º Aniversário da Liga, com uma conferência proferida pelo Dr. Ponciano
Oliveira, seguindo-se um verdelho de honra.
Mantivemos em
funcionamento o Banco de Ajudas Técnicas cedendo material técnico (camas
articuladas, cadeiras de rodas, cadeirões, andarilhos, canadianas, etc.) a
doentes com necessidade efetiva, contribuindo assim, para um aumento da sua
qualidade de vida.
Em 2016,
promoveram-se diversas ações de angariação de fundos, das quais salientamos: o
Almoço Regional, na freguesia da Ribeirinha, a venda de Sopas, na freguesia do
Cabo da Praia, o Canto das Delícias, no período das Sanjoaninas e a Feira
Solidária, na época natalícia.
Estes eventos,
a par da envolvência da comunidade, possibilitam também a obtenção de fundos
extra, para uma resposta mais eficiente e eficaz a todos aqueles que à Liga
recorrem.
Estas
Iniciativas renderam a quantia de € 12 374,58.
Ao longo do
ano, procuramos criar, manter e desenvolver a colaboração com diversos parceiros
que atuam em áreas diversificadas, com o objetivo de promover e melhorar a
prestação de serviços, reforçar o apoio ao nível da intervenção social e
alargar as regalias aos nossos associados.
Beneficiaram
destas parcerias 365 utentes.
Considerando as
carências apresentadas, por parte da Direção do CAD – Centro de Apoio à
Deficiência, no âmbito de material técnico e de apoio para equipar a sua nova
sede, a Direção da Liga, para benefício de todos os utentes daquele Centro,
ofereceu um projetor para a Sala de Snoezelen, no valor de € 670,73, que
permitirá o desenvolvimento sensorial e cognitivo dos seus utilizadores.
A convite da
CAN – Casa dos Açores do Norte, o Presidente da Direção, em representação da
LADA, participou na XXX Festa do Divino Espírito Santo, na cidade do
Porto.
Manteve-se o
pagamento da Bolsa de Estudos – Fernanda Trindade, à estudante de medicina, a
qual tem tido um excelente aproveitamento.
Mantém-se a
nossa equipa de colaboradores, reforçada com mais uma funcionária, com recurso aos
programas de emprego. A participação nestes programas traz benefícios
financeiros à Instituição, por um lado e, por outro, possibilita a reintegração
de desempregados no mercado de trabalho.
A internet é
um poderoso meio de divulgação e partilha de informação, daí ter-se avançado
para a construção da página oficial da Instituição (www.lada.pt) contendo
informações atualizadas e conteúdos que facilitem a aproximação da Instituição
aos seus associados e público em geral. Estará em pleno funcionamento, em 2017.
Continuámos a
assegurar a nossa presença na internet através da nossa página na rede social
Facebook, atualizando-a com regularidade.
O ano de 2016
deu início a um novo ciclo na vida da Liga, procederam-se a algumas ruturas
necessárias, atendendo aos novos desafios que se impuseram e aos novos tempos
que se vivem. Contudo, foi dada continuidade aos projetos em funcionamento,
centrando-nos, sempre, na missão e nos valores da fundação da Instituição.
Não terminamos,
sem antes deixar aqui registado um agradecimento e reconhecimento a todos os
órgãos sociais, voluntários, delegados e demais colaboradores, por continuarem
a acreditar neste projeto em prol dos doentes dos Açores. Bem como, a todos os
nossos parceiros sociais que connosco colaboram na concretização de todas estas
atividades: Secretaria Regional da Solidariedade Social; ISSA, IPRA; Saudaçor,
SA; Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, EPE; Academia do Bacalhau;
Banco Alimentar; Segredo da Felicidade – Rainbow; Casa dos Açores do Norte;
Médicos e clínicas com quem temos acordos e Técnicos de Saúde que efetuam
consultas na Liga;
A todos o
nosso bem-haja!
Angra
do Heroísmo, 31 de março de 2017
A Direção
João
Manuel Machado Enes
Rosa
Maria Bettencourt Costa
Manuel
Lourenço Pires
Francisco Ormonde Melo
Maria Encarnação Lourenço Oliveira
Parecer do Conselho Fiscal
Em
conformidade com a alínea c) do ponto único do artigo 27.º dos Estatutos da
Liga dos Amigos dos Doentes dos Açores, o Conselho Fiscal vem apresentar o seu parecer sobre o
Relatório de Atividades e Contas de Gerência referentes ao exercício de 2016,
elaborado pela Direção desta Associação, e submetido à nossa apreciação.
No âmbito
das nossas funções examinámos o Relatório, o qual relata os factos mais
significativos que ocorreram ao longo do exercício de 2016, esclarecendo
adequadamente a gestão levada a cabo.
Relativamente
às Contas, é nossa opinião que as mesmas representam de forma adequada a
situação patrimonial e financeira da Instituição à data de 31 de Dezembro de
2016.
O
resultado líquido do exercício ascendeu a €12.704,42, verificando-se uma
redução de cerca de 4 mil euros relativamente ao ano anterior. No entanto, é de
salientar o aumento em cerca de 5,6 mil euros nas vendas e prestações de
serviços, reflexo do dinamismo que caracteriza esta Instituição.
Considerando
o acima exposto somos de parecer que:
· Sejam aprovados o Relatório e Contas relativos ao
exercício 2016;
·
Seja aprovado um voto de louvor à Direção e demais
colaboradores pelo prestígio que continuam a atribuir a esta Instituição de
cariz social, honrando e mantendo sempre viva a memória da sua fundadora.
Angra do
Heroísmo, 30 de março de 2017
O
CONSELHO FISCAL
Cláudia Isabel Pereira de Azevedo
Pamplona Ramos
João Carlos Barbosa Macedo
Oldemiro Aguiar do Rego
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Plano de Atividades e Orçamento para 2016
O Plano de Atividades
constitui uma peça fundamental na gestão institucional, é nele que se definem
as linhas centrais de atuação e as estratégias a desenvolver no futuro.
Neste Plano iremos delinear as principais atividades
que a Liga se propõe desenvolver durante o exercício de 2016, tendo sempre por
base o cumprimento do objetivo primordial desta Instituição – apoiar os doentes
dos Açores.
Assim e em conformidade com a alínea g) do art.º
24 dos nossos Estatutos, vimos submeter à vossa apreciação e votação o seguinte
plano de ação:
Com a recente aquisição do prédio na freguesia da
Ribeirinha, torna-se prioritário encetar contactos institucionais para pedidos
de financiamento, eventuais candidaturas e elaboração dos respetivos projetos
de arquitetura com vista à execução de um futuro projeto na área social e
saúde, naquele local.
Cientes das dificuldades financeiras de um grande número
de famílias da nossa comunidade, devido à atual conjuntura socioeconómica, será
prioridade desta Instituição continuar a auxiliar, dentro das suas
possibilidades, os doentes carenciados que todos os dias batem à nossa porta.
Continuar a proporcionar acolhimento e alojamento
na Casa Solidária – Fernanda Trindade, aos doentes deslocados das outras ilhas,
mantendo o ambiente familiar e acolhedor que já carateriza aquela casa.
Prosseguir com o banco de ajudas técnicas, ou
seja, a cedência de camas articuladas, cadeiras de rodas, canadianas e outro
material ortopédico, aos doentes carenciados.
Dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser
realizado pelos nossos voluntários, junto dos doentes internados, no Hospital
de Santo Espírito da Ilha Terceira, como a distribuição de jornais, o diálogo
ameno e
reconfortante,
o apoio nas refeições, o serviço de estética, o serviço religioso, etc.
Prosseguir com o voluntariado no Serviço de
Urgência continuando a estabelecer a ponte entre o doente e o familiar, bem
como no Hospital de Dia e na Consulta Externa com a distribuição de pequenos
lanches.
Envidar esforços de forma a satisfazer todos os
pedidos de acompanhamento de doentes para fora da ilha, através dos nossos
voluntários, pois esta é a faceta mais nobre do nosso voluntariado.
Promover ações de formação de forma a desenvolver
novas competências e a melhorar a qualidade dos serviços prestados pelos nossos
voluntários.
Manter as especialidades médicas do nosso
consultório e, se possível, aumentar o leque de opções, de modo a continuar a
proporcionar uma alternativa válida aos doentes dos Açores.
A fim de complementar este projeto manteremos os
protocolos com as unidades de saúde e entidades privadas, no Continente.
Manter e incrementar novas parcerias e
colaborações com instituições particulares de solidariedade social, entidades
públicas e privadas, a fim de fortalecer a instituição e a reforçar os apoios
aos doentes.
Continuar com o projeto “Prevenção da Doença”,
pelas diversas freguesias da ilha, de forma a alertar a comunidade terceirense
para os problemas resultantes da prática de maus hábitos.
Dar continuidade ao projeto social instalado na
Casa da Ribeirinha.
Realizar eventos de cariz social, com a finalidade
de angariar fundos monetários e simultaneamente divulgar as atividades da Liga
junto da comunidade local.
Lançar campanhas estratégicas para a angariação de
novos sócios e, paralelamente, de novos voluntários.
Transmitir o trabalho e as atividades da Liga
através do blogue e página da rede social facebook, para um maior conhecimento
e aproximação dos sócios e público em geral à Instituição.
Manter o pagamento da Bolsa de Estudos – Fernanda Trindade.
Este Plano foi traçado de forma a manter as
principais linhas de orientação e a estrutura organizacional da Liga, no
entanto, caberá à nova Direção a execução do mesmo.
Sendo este um documento flexível, estando sujeito
a alterações e mudanças devido a fatores externos, fazemos votos para que a
nova Direção e restantes Órgãos Sociais encontrem sempre as melhores soluções e
aproveitem todas as oportunidades que possam surgir de forma a reforçar a
missão da Instituição e a melhorar a qualidade dos serviços prestados.
A Direção
Domingos
Trindade
Elisa
Serpa
Francisco
Melo
Lúcia
Parreira
Maria
Encarnação Oliveira
As atividades previstas no Plano acima delineado
serão suportadas pelo seguinte orçamento:
1.
CUSTOS
1.1
Despesas de
Funcionamento
1.1.1 Pessoal………………………………………….…€ 37 886,54
Vencimentos………………………………….…€
29 340,54
Encargos
Sociais…………………………….….…€ 8 546,00
1.1.2 Encargos administrativos……………………….€ 21 667,00
Água,
luz e gás…………………………………….€ 2 200,00
Telefones
e outras comunicações……………..€ 1 700,00
Rendas
e imóveis………………………………..…€ 6 600,00
Deslocações
e despesas de representação…..€ 500,00
Seguro
voluntários……………………….………...€ 500,00
Limpeza, higiene e
conforto…………………..€ 2 000,00
Trabalho
especializados………………………..€ 2 800,00
Bolsa de Estudos –
Fernanda Trindade……...€ 1 750,00
Outros custos
(consumíveis diversos)………...€ 1 717,00
Execução de projetos de
arquitetura……….€ 2 000,00
1.2
Custos de
manutenção e conservação………..…€ 8 300,00
De imóveis…………………………………………..€ 5
000,00
De equipamentos……………………………...….€
3 300,00
1.3
Custos
operacionais……………………………….....€ 39 550,34
Encargos com
doentes(deslocações/estadias).€ 18 200,34
Apoio a
carenciados (doentes e familiares)…...€ 16 600,00
Despesas com
acompanhantes…………………...€ 3 350,00
Formação e
Colóquios……………………………….€ 1 500,00
TOTAL……………....€
107 403,88
2.
PROVEITOS
2.1
Subsídios à exploração………………….……...…€
68 903,88
2.1.1 Da
Saudaçor…………………………...……….....€ 32 843,88
2.1.2 Do
ISSA……………………………………….……...€ 36 060,00
2.2
Proveitos suplementares…………………….……..€ 17 000,00
2.2.1
Angariação de fundos………………………….....€ 5 500,00
2.2.2
Comparticipações (C. Solidária/Ribeirinha)....€ 11 500,00
2.3.
Outros proveitos operacionais…………………...€ 21 500,00
2.3.1
Quotizações……………………………………...…€ 21 500,00
TOTAL…………...€
107 403,88
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Nos termos da alínea c) do artigo
27.º dos Estatutos, o Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2016 foi
submetido a parecer do Conselho Fiscal.
Efetuada uma análise aos
documentos referidos, o Conselho Fiscal emite parecer favorável, atendendo ao
cumprimento dos princípios geralmente aceites na elaboração deste tipo de
documentos, nomeadamente, o do equilíbrio orçamental.
Deste modo, e porque a direção
desta Instituição tem demonstrado capacidade de organização, elevado rigor na
execução dos seus orçamentos e determinação na concretização dos objetivos a
que se propõe, recomendamos à Assembleia Geral que aprove o Plano de Atividades
e Orçamento sem reservas.
Angra do Heroísmo, 16 de novembro
de 2015
O CONSELHO FISCAL
Dr.ª Cláudia Isabel Pereira de Azevedo Pamplona Ramos
Dr. João Carlos Barbosa Macedo
Dr. Oldemiro Aguiar do Rego
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